Arquivo de janeiro \08\+00:00 2012

NOTÍCIAS QUE BRADAM AOS CÉUS

Eu não posso de forma alguma deixar passar em Branco uma notícia como a que está abaixo e é comemorada  por uma corja de incompetentes despreparados. É a qualificação mais simpática que encontro para este grito de ignorância. AUMENTAR  IMPOSTO DE AUTOMÓVEIS IMPORTADOS PARA PROTEGER AS DILIGÊNCIAS NACIONAIS. 

Eu poderia até concordar com uma medida destas se alguém exigisse qualidade e tecnologia para os “carros” fabricados no Brasil, eu até sei que aqui se fabricam umas carrocinhas um pouco melhor do que as que são empurradas para o povo CONTRIBUINTE, mas são para exportação.

O Nosso Governo, ou a vergonha a que chamam de governo prima por se mostrar incompetente e protecionista, “QUANTO SERÁ QUE GANHARAM ISSO” Porque a medida é um grito e um FOMENTO com aval GOVERNAENTAL à incompetência e Mediocridade.

MANTEGA, O Senhor desculpe, mas não é com protecionismo que se cria qualidade e preço. É com competência e concorrência. DEUS NOS AJUDE E QUE ESTE FLAGELO TERMINE LOGO.

Foi dada a largada ( Notícia da Isto é Dinheiro Na integra)

O imposto maior sobre veículos importados começa a vigorar e abre a disputa de outros setores por incentivos similares do governo para a produção local

Por Denize BACOCCINA e Carla JIMENEZ

Desde o início do seu mandato, a presidenta Dilma Rousseff deixou claro que seguiria a linha de seu antecessor de valorização da indústria estabelecida no  País. Foi com essa filosofia que o ex-presidente Lula, em seus oito anos de governo, levou a Petrobras, por exemplo, a dar preferência a parceiros instalados no Brasil, o que ajudou a incentivar o ressurgimento da indústria naval brasileira. Quando lançou o plano Brasil Maior, com as linhas gerais de sua política industrial, em agosto passado, a presidenta mostrou que sua estratégia era fazer o mesmo para diversos setores. Em 2012, a promessa é de que sejam acelerados mecanismos de isenções fiscais para a produção nacional e estímulo à inovação para pelo menos 19 setores, segundo o Ministério do Desenvolvimento. O primeiro setor beneficiado foi a indústria automobilística. Além da  promessa de redução de impostos para as montadoras que aumentarem os investimentos em pesquisa no País, as empresas do setor ganharam um escudo protetor contra a concorrência importada.

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Na última sexta-feira 16, passou a vigorar o decreto que prevê a cobrança de 30 pontos percentuais a mais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os carros estrangeiros. Ao mesmo tempo, os fabricantes deverão obedecer a um critério mínimo de 65% de conteúdo nacional para que os veículos montados sejam considerados brasileiros. O governo ainda deve esclarecer quais serão os parâmetros para calcular o conteúdo nacional – hoje entram nessa rubrica despesas periféricas ao chão de fábrica, inclusive salários e publicidade. A fórmula deve mudar, considerando somente o peso das peças e componentes, considerando o custo de produção. Seja como for, a briga comprada com os importadores para alterar a dinâmica da produção é ousada e ambiciosa e chegou a despertar questionamentos do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy.
 “O Brasil resiste menos hoje a pressões protecionistas do que no passado”, disse ele na terça-feira 13. Mesmo assim, o governo vai adiante. As montadoras, é claro, celebram a iniciativa do governo, sinalizando que estão abertas à criação de uma nova dinâmica. “São medidas que vão valorizar a produção nacional”, disse à DINHEIRO Cledorvino Belini, presidente da Fiat e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Nos últimos meses, de acordo com  Belini, as empresas começaram a se adaptar tanto às exigências de conteúdo nacional do governo, como à de investir 0,5% do faturamento em inovação. A questão, agora, é saber como o governo vai colocar em prática o plano que pode criar uma situação inédita para a cadeia nacional, ao mesmo tempo em que reduz o déficit na balança comercial. 

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), atualmente menos de 10% das peças dos carros montados no País são efetivamente fornecidas por fabricantes nacionais. O restante é  importado. Segundo a entidade, a importação de autopeças de janeiro a novembro somou US$ 19,7 bilhões, 42% a mais do que no mesmo período de 2010. Outros segmentos também aguardam iniciativas práticas do governo que valorizem a indústria local, nos moldes da política de apoio ao setor automotivo. É o caso dos eletroeletrônicos, de bens de capital, têxteis e de equipamentos de saúde, que sofrem com o avanço da concorrência estrangeira.  “Queremos uma defesa comercial eficiente e incentivos para a produção local”, diz Mario Bernardini, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq).
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“As medidas do governo vão valorizar a fabricação nacional” – Cledorvino Belini, presidente da Anfavea
As empresas de eletroeletrônicos também sonham com o resgate de uma cadeia de fornecedores locais, assim como aconteceu com a indústria naval. “Nós já tivemos uma indústria de componentes no passado, e agora podemos restabelecê-la”, afirma Humberto Barbato, presidente da Abinee, entidade que congrega os fabricantes de eletroeletrônicos. As demandas do setor privado, ao que parece, estão sendo ouvidas. “A ansiedade do setor produtivo é a mesma que a nossa”, diz Heloisa Menezes, diretora de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento. “Estamos encurtando todos os caminhos possíveis para estabelecer estratégias de longo prazo, que contemplem o fortalecimento das cadeias locais.”
No bojo do Brasil Maior, já foram criados 19 Conselhos Setoriais de Competitividade para construir ações de agendas estratégicas, com mecanismos para a atração de investimentos e inovação – para a indústria naval, de petróleo e gás, bens de capital, componentes e saúde, entre outros. A ordem é muito clara: só serão concedidos benefícios se houver a contrapartida de fortalecer a indústria local.Se bem-sucedido, o governo logrará três avanços fundamentais: o equilíbrio na balança comercial, o fortalecimento da indústria e o aumento do investimento da inovação.  Um dos setores mais complexos dessa lista é, sem dúvida, o de microeletrônica.
Com um dos maiores déficits na balança comercial – deve superar os US$ 20 bilhões neste ano –,  a indústria de componentes, que inclui os minúsculos chips, requer um nível de tecnologia e uma necessidade de escala de produção que o Brasil ainda não comporta. O caminho é longo, mas a expectativa do governo é comer pelas beiradas. Ele tem aumentado os incentivos para atrair alguns elos dessa cadeia, como as empresas de encapsulamento de chips. O vice-presidente de estratégia da Ericsson na América Latina, Lourenço Coelho, diz que a estratégia do governo é fundamental, até porque facilitaria a vida das empresas instaladas aqui. “Aplaudimos a iniciativa e nos comprometemos a comprar os componentes locais”, diz Coelho.

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